12/02/2012

Lagoa da Redonda (Nísia Floresta)-Arez-Georgino Avelino (Bar da Ostra): um pedal animal..

O dia começou às 04h45min com o toque do despertador. Lá fora o sol já nos aguardava, após uma pequena chuva ocorrida na madrugada.
Às 05h30min chegamos no local combinado para o café da manhã: o stand de vendas de um condomínio de apartamentos localizado ao lado do Makro. Atendemos ao chamamento do nosso amigo Felipe (Centauro) que agora ataca de corretor de imóveis. Conhecemos o empreendimento e ficamos bastante entusiasmados, principalmente por verificar uma tendência de construir áreas apropriadas para atividade física. Nesse caso o empreendimento conta com uma das maiores pistas de cooper em área fechada. 
Tomamos um delicioso café da manhã especialmente preparado para os ciclistas. Feitas as despedidas seguimos no rumo da Lagoa da Redonda, no vizinho Município de Nísia Floresta-RN.
O pedal largou às 07h50min. Contamos com 14 participantes (Alex Alcoforado, Ana Paula, Benilton, Cláudia Celi, Cuca, Erimar, Helena, Hiram, Lúcio, Neide, Olavo, Professor Raimundo, Rochinha e Thaise. Foi a estréia do casal Ana Paula e Olavo nas trilhas, pois soube que já tinham pedalado dentro da cidade.
De saída identificamos o primeiro pneu furado na bicicleta do Professor Raimundo. O problema foi rapidamente resolvido e seguimos o caminho. Chegando em Nísia fizemos uma rápida parada para fotografia no pátio da igreja Matriz e depois saímos no rumo da RN 002. No caminho tivemos que passar em duas pontes de madeira e Hiram foi voluntário para testar a segurança de ambas. Depois que ele passou todo mundo foi atrás. Chegando na rodovia entramos à direita e no primeiro distrito (Golandim) deixamos o asfalto e subimos por trilha em direção aos canaviais. Como sempre pedalar dentro dos canaviais é uma loteria, pois o terreno é muito instável. Desta feita encontramos aproximadamente 1,5 Km de areia fofa e tivemos que empurrar até chegar a uma estrada de piçarro, com uma descida incrível. Depois da descida Hiram Coala fez às vezes de Papa e beijou o solo rico dos canaviais. Não vi o momento do "baque", mas soube depois que não foi nada grave. Fiquei somente assustado quando me aproximei e vi um trator oferecendo ajuda, mas depois soube que era para ensinar o caminho e não para levantar o Coala do chão.
Mais uma vez passamos nas proximidades da antiga estação de trem do Baldum, mas não foi possível visitar as ruínas.
O sol abriu forte e por sorte encontramos muitas sombras no caminho. Quando nos aproximamos da comunidade de Sapé Cláudia Celi e Neide não resistiram, subiram num coqueiro e surrupiaram uns cocos, tudo feito com a cumplicidade de Erimar. Essas duas estão ficando finas na arte de subtrair cocos.
Paramos numa mercearia em Sapé para uma rápida hidratação e logo seguimos o passeio, pois Arez estava próximo.
Por volta das 10h30min entramos em Arez, pela porta dos fundos. Rápida foto no frontal do cemitério e parada na praça para o caldo de cana de seu Antônio. Além de ser uma delícia, é bem geladinho, limpo e servido num enorme copo de alumínio. 
Passamos no centro de Arez e novamente pegamos trilha em direção a Georgino Avelino, via lagoa de Araunu, pegando um pequeno trecho bastante encharcado.
Antes de chegar na bifurcação de acesso ao distrito de Carnaúba recebemos a notícia que o Coala estava sentindo cãimbras nas panturrilhas. Voltamos e aplicamos o spray para cavalo de competição. O efeito foi imediato: a dor foi embora, mas o Coala ficou o resto do passeio rinchando.
Seguimos por cima em direção ao Bar da Ostra (Georgino Avelino) e soube que três ciclistas que pedalavam juntos fizeram o seguinte comentário: ciclista 1 - "ei, essa trepidação tá me deixando com vontade de mijar". Ciclista 2 - "eu tô é só peidando". Ciclista 3 - "eu já tô todo mijado". Por razões óbvias vou preservar as identidades dos ciclistas, principalmente pelo fato de que tinham pessoas do sexo feminino dentre os confabuladores.
Chegamos finalmente ao Bar da Ostra e o visual do lugar é melhor do que refresco gelado. Para completar o nosso amigo Valdemar já estava de prontidão e foi logo trazendo um caldinho de ostra, uma tapiocas com tainha frita, cerveja, caipirinha, suco de limão, coca-cola e ostra fresca. O local é muito agradável e merece uma visita (www.bardaostra.blogspot.com).
Quando já passava de 12h00min resolvemos deixar aquele paraíso. Analisamos a situação e concluímos que seria muito cansativo fazer o trajeto de volta até a lagoa da Redonda no pedal, principalmente pelo fato de que tínhamos dois iniciantes na trilha. Alguém viu um caminhão de transporte de animais parado na entrada e obteve do garçom a informação de que aquele carro aguardava os participantes de uma cavalgada. Cláudia Celi e Rochinha foram negociar com o motorista e contrataram um frete até Nísia Floresta, ao preço de R$ 5,00 por cabeça. Foi a melhor pedida, pois o sol estava infernal. O único aspecto desagradável foi a catinga de bosta de cavalo na carroçeria do caminhão, mas confesso que não senti nada pois fui escalado para ir na cabine com o motorista e o Coala para explicar o caminho. Soube que a catinga era tão grande que teve gente aproveitando para peidar e ninguém não reclamou de nada. 
Enfim, o desfecho do pedal não poderia ter sido outro: no começo da trilha passamos na frente de um parque de vaquejada, Hiram Coala usou spray de cavalo de competição para aliviar as dores das cãimbras e fretamos um carro de transportar cavalos para voltar ao nosso destino. Esse foi um pedal animal.
Chegamos na lagoa da Redonda e tivemos uma agradável surpresa: o Ministro Afonso Severo e a Consulesa do País de Pititinga (Alda) nos aguardavam com umas cevejas estupidamente geladas e um peixe frito delicioso. O resto da tarde vocês já imaginam como foi: "só alegria".
Trajeto
Saída na Lagoa da Redonda.
Matriz de Nísia Floresta.
O Coala testando a ponte.

Canaviais entre Nísia e Arez.
Várias sombras no caminho.
O trator escutando a conversa.
As gatunas dos cocos.
Cemitério de Arez.
Caldo de cana de seu Antônio - Arez.
Malembá e Guarairas.
Panorãmica do Bar da Ostra.
Cláudia Celi e Helena com Valdemar.
Embarque da carga.
O cheiro agradável.
Bate, rebate...
Só alegria.

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