23/01/2014

Pedal do sábado – 25/01/2014 – Camurupim

Caros Rapaduras: o verão continua e no próximo sábado vamos subir a ladeira de Tabatinga, seguindo depois pela beira mar no rumo da praia de Camurupim, de lá passaremos na lagoa de Arituba e retornaremos pela Rota do Sol.SAÍDA: 06h30min.
LOCAL: feirinha de Pium.TRAJETO: aproximadamente 42 Km (asfalto, beira mar e trecho de areia de acesso à lagoa).O QUE LEVAR: equipamento de uso obrigatório (capacete e luvas), kit remendo ou câmara de ar reserva, camisa de manga longa ou manguito, protetor solar fator de proteção 5.000, rapadura, água e uns trocados para comer umas gravanhas no caminho.CAFÉ DA MANHÃ: recomenda-se sair de casa de bucho cheio ou então se algum colega estiver veraneando e nos convidar para tomar um banho, aproveitaremos e limparemos a despensa.OBSERVAÇÃO: solicita-se especial atenção, principalmente no retorno em razão do trânsito mais intenso de veículos.

20/01/2014

Expedição LITORAL NORTE - 4º DIA - DIOGO LOPES-PONTA DO MEL - 86, 7 Km.



EXPEDIÇÃO LITORAL NORTE – 4º DIA – DIOGO LOPES-PONTA DO MEL

Nossa saída de Diogo Lopes foi tranquila, pois tomamos café da manhã sem pressa e dessa vez mudamos os planos, não mais fazendo a travessia de barco de Macau a Porto do Mangue, mas seguindo por dentro da Salina Henrique Lage e fazendo uma rápida travessia de barco no Riacho dos Cavalos.
Até Macau o trajeto foi todo de asfalto e o trecho tem muito movimento de caminhões da Petrobras, mas como era domingo o trânsito estava tranquilo. A temperatura estava amena e o grupo evoluiu sem muita dificuldade.
Nos primeiros 10 Km vi quando Raira aproximou-se ofegante e pediu para o carro de apoio adiantar, pois estava precisando trocar de roupa. De início lembrei de Angelike e Jac quando fizeram uma certa viagem de bicicleta e esqueceram de “ir no osso”, chegando na Reta Tabajara mais assadas do que espetinho no final da Festa do Boi, sendo necessário Moab Reieira acudi-las com dois extintores de incêndio, os quais obteve por empréstimo de um gentil motorista de carreta. Até então eu não tinha prestado atenção em Raira, mas nesse momento a garrafinha presa na minha bicicleta caiu e tive que parar, momento em que ela passou por mim. Entendi então o motivo da sua agonia: a mulher estava vestida tal e qual a mulher gato, toda com roupa preta e quando o calor apertou, a gata miou e pediu leite. Entendi então a razão do seu sobrenome.
Resolvida a questão do modelito de Raira Leite e aproveitando a parada em um posto de combustível para abastecimento, seguimos o nosso caminho, pois Macau estava bem próximo.
Não demorou e encontramos o símbolo marcante na entrada da cidade – o Moinho de Sal – com sua imponência, registrando qual a atividade econômica ali predominante. Lembrei dos amigos Jean e Gringo, ciclistas macauenses que desta vez não puderam nos acompanhar. Soube depois que Gringo ainda nos aguardou até 08h30min, mas teve um “desarranjo” e foi assumir o seu lugar no trono.
Ainda na entrada da cidade nos deparamos com a espuma de sal de um lado e outro. Para os menos desavisados parece neve, tendo até alguém sugerido pelo rádio fazer um boneco.
Fomos recebidos por Winston, irmão de Helena (se o nome dele não for esse ela não vai sossegar enquanto eu não corrigir), com um quadricoptero fazendo uma filmagem da nossa chegada. Paramos no posto para novo abastecimento e dali seguimos pela ponte da Ilha de Santana e depois entramos na zona da Salina Henrique Lage, sempre guiados por Winston, pois o caminho não era por nós conhecido.
De um lado e do outro a visão tem a seguinte tríade: areia, água e sal. Reina um silêncio gostoso e o odor é de água sanitária.
Quem vinha fechando o grupo era o Sargento Josias, pois o Cabo Dantas estava com pressa, pois tinha um encontro mais adiante (depois eu conto). Pois saibam que o Sargento Josias, aquele que chegou no Rapadura Biker chamando bolacha de “naiacha”, foi abordado no caminho por uma Kombi entupida de mulheres, as quais queriam saber do garboso infante como proceder para serem introduzidas naquele grupo. De imediato o Sargento utilizou da sua eloquência peculiar, forneceu todas as informações pleiteadas e se despediu das donzelas dizendo que o seu nome era Genilson, pretendendo assim escapar das vassouradas quando chegasse em casa.
Enquanto tudo isso acontecia na retaguarda, o grosso do grupo seguia totalmente alheio aos acontecimentos e logo chegou ao ponto do rio em que seria feita a travessia de barco. O barqueiro informou a lotação – três ciclistas e quatro bicicletas, ao custo de R$ 2,00 por cabeça. O primeiro grupo foi embora e assim sucessivamente. A região é ainda muito rica em caranguejos e tive que usar de todas as minhas forças para conter Claudia Celi e Raira Leite, as quais pretendiam a todo custo levar uma corda do crustáceo.
A travessia foi muito tranquila e o último grupo contou com uma celebridade dentro do barco, permitindo-se inclusive ser fotografado. Refiro-me ao “Patropi”, aquele personagem da Praça é Nossa (vide foto adiante), que estava no local estudando o mercado para um novo modelo de negócio: salão de depilação para caranguejos, cujo nome soou estranho “Depica”.
No outro lado obtivemos informação sobre o caminho a seguir e a resposta foi altamente pedagógica: “siga a estrada”. Seguimos a orientação e mais adiante nos encontramos com um motociclista, tendo prestado informação mais segura: “siga em frente e quando encontrar o mata-burro entre à direita”. Foi perfeito!!!
Nesse ponto o Cabo Dantas e Berenilson Abeane tinham ganhado a dianteira. Fiquei curioso para saber o motivo de tanta pressa e somente mais adiante entendi o motivo. Quando alcançamos o asfalto recebi pelo rádio a notícia de que o Cabo já estava sentado no “Bar da Vacora”, tomando algo gelado e nos aguardando. De longe vi a cor do estabelecimento e percebi que ali era tudo menos um bar familiar. Chegando mais perto vi as garçonetes e a dúvida virou certeza: as “vacoras” faziam jus ao nome (Significado de vacora no Dicionário inFormal online de Português. O que é vacora: Pessoa escorneada, apaixonada, sofrendo por um amor.) e quando perguntei se tinha cerveja preta recebi uma resposta “caliente” e um olhar “fuzilante”: “a pretinha não tem, mas tem a loirinha”. Na saída ainda recebi um convite para voltar mais tarde, sem as mulheres. Preferi deixar a missão para o Cabo, pois afinal ele deu a entender já ser conhecedor do terreno, tendo provavelmente utilizado a mangueira do carro pipa naquela região.
Já passava do meio dia quando chegamos ao trevo de acesso a cidade de Porto do Mangue. Nova parada para hidratar, com a competência peculiar do Pinto e Guilherme no apoio.
Seguimos então pelo asfalto, ladeados por dunas, especialmente as rosadas. A pista é invadida pela areia e exige cuidado do ciclista, pois qualquer descuido pode levá-lo ao chão.
Alcançamos à Praia do Rosado e fomos direto para a beira da praia, pedalando na larga orla do lugar.
De longe avistamos a lona de um circo na beira da praia e de início ficamos sem entender. Mais uma vez a explicação veio do Cabo Dantas, esclarecendo que seu irmão veio de Natal para buscá-lo e armou literalmente um circo na praia, tinha nome e tudo: “Circo dos Hermanos”.
Nossa chegada à Pousada do Beiral foi tranquila, exceto pelo estrago na região furical de Dr. Othon. Não tive coragem de ver, mas o enfermeiro de plantão afirmou que o troço tava feio. Foi necessário um tubo de xilocaína para aliviar o sufoco na região, tudo acrescido de um botão de hemorroidas que resolveu aflorar em plena Ponta do Mel.
Após hospedados nos reunimos para almoçar, resenhar e nos despedirmos de Cabo Dantas, Sargento Josias e Dr. Othon, com voo marcado para às 16h32min daquele dia, na Companhia Aérea Los Hermanos. Nesse momento, após ouvirmos as palavras de agradecimento de Josias, foi indagado ao grupo sobre a possibilidade de pararmos a viagem ali, pois nossa diária somente acabaria ao meio dia da segunda-feira e a maré somente estaria propícia por volta das 13h00min, nos forçando a pedalar pelo asfalto, coisa que não era muito interessante. Por unanimidade resolvemos ficar e acredito tenha sido essa uma excelente opção.
No dia seguinte foi somente banho de mar, cerveja e peixe frito, somente esperando a hora de fechar a conta e embarcar de volta para Natal, o que aconteceu por volta das 15h30min.
Encerramos mais essa aventura contabilizando 66 (sessenta e seis) praias do litoral norte do nosso Estado, algumas por muito desconhecidas (Prainha, Piracabú, Anéis, Ponta de Santa Cruz, Garças, Gameleira, Espalhadinha, Cardeiro, Xepa, Maceió, Reduto, Três Irmãos, Serafim, Santa Luzia, Minhoto, Ponta do Anjo e Pedra Grande), outras por demais populares (Praia do Meio, Redinha, Genipabu, Pitangui, Barra de Maxaranguape, Touros, São Miguel do Gostoso, Caiçara do Norte, Galinhos, Macau e Ponta do Mel). Tudo muito lindo e disponível para quem tem coragem e disposição para pedalar.
Obrigado a todos os Rapaduras participantes da expedição. Até a próxima.






Nessa foto tem outra estrela da TV. Quem identifica?










Registro fotográfico do Patropi.

17/01/2014

EXPEDIÇÃO LITORAL NORTE - 3º DIA - CAIÇARA-DIOGO LOPES - 51 Km

EXPEDIÇÃO LITORAL NORTE – 3º DIA – CAIÇARA DO NORTE-DIOGO LOPES – 51,4 Km

A dormida foi muita boa e como tínhamos que aguardar a maré baixar acordamos um pouco mais tarde. Tomamos o café no alpendre da pousada, fizemos todos os ajustes necessários, abastecemos bem as garrafas, pois o carro de apoio somente nos encontraria em Guamaré-RN. Por volta das 09h30min deixamos Caiçara e seguimos pela beira da praia no rumo de Galinhos.
Logo na saída foi dado o primeiro grito de carnaval. Explico: Cláudia Celi, discípula de Doutor Othon no quesito tirar muito retrato e guardar em HD secreto, achou de esquecer o celular e queria voltar 1 Km, contra o vento. Diante da teima dela, foi entoado o primeiro grito de carnaval fora de época: “NÃO VOLTA!!!!”. Diz a lenda que o grito foi ouvido lá em Galinhos.
Por falar em esquecer as coisas acho que tivemos uma evolução esse ano, pois em 2012 esquecemos no mesmo lugar a bicicleta de Jadson, sendo necessário fretar um carro para transportá-la até Galinhos.
Para quem conhece o trecho sabe que em alguns pontos a areia é muito frouxa, sem falar nas pontas de pedras existentes. Foi necessário secar bem os pneus e prestar bastante atenção. Registrei duas quedas: a primeira foi a minha, perdendo o equilíbrio ao tentar apanhar o GPS que soltou da base. Não tive nenhum arranhão ou contusão. A segunda foi de Marcão, tendo sido registrada em vídeo por Diego Lopes que vinha logo atrás. Fico devendo as imagens, mas em breve postarei. O homem caiu sentado, de pernas e braços abertos, tornando-se o primeiro Papa paulista a beijar o solo sagrado do litoral Potiguar. Machucou o joelho, sendo necessário usar um tensor para continuar pedalando.
São quase 30 Km até Galinhos e não existe nenhuma casa no caminho. Quando muito encontramos uma barraca de pescador ou a sombra de um barco ancorado, servindo de refúgio do forte sol.
Alcançamos a praia de Galos e dali já é possível ver Galinhos, cuja tranquilidade já não é mais a mesma. As pousadas todas lotadas e a piscina natural que se forma com a maré cheia estava altamente poluída, com vários sacos e objetos plásticos. Confesso que fiquei triste, lembrando do tempo em que Galinhos não passava de uma vila de pescadores.
Encostamos em um barzinho para aguardar Raira Leite encarregada de fazer o contato com o barco. Não demorou muito e ela chegou com a confirmação. Foi somente o tempo de pagar a conta e seguir para o porto, pois o barco já estava nos aguardando.
Adentramos o barco e fizemos um trabalho conjunto para acomodar todas as bicicletas. A travessia de aproximadamente 5 Km demorou aproximadamente meia hora. Para quem tem interesse o valor por pessoa com bicicleta foi R$ 10,00 e a travessia foi supertranquila, com um barco seguro e abastecido de coletes salva-vidas.
Fomos nos aproximando do porto de Guamaré e pelo radio recebemos a confirmação do Pinto acerca do almoço. Foi só descer do barco e entrar direto no restaurante self-service, com comida muito boa e preço justo.
Restava agora o trecho até Diogo Lopes e as notícias não foram muito alvissareiras. Alguns motoqueiros que estavam no restaurante informaram que a estrada não estava muito boa e que na ausência de chuvas o caminho era apagado pelo vento. Fiquei tranquilo, pois tinha o trajeto marcado no GPS.
Por volta das 14h30min deixamos Guamaré e em pouco tempo pegamos o caminho da praia do Minhoto. Mais uma vez enfrentamos os ventos mais fortes da viagem. Em determinado momento quase que Josias levantava voo, somente não acontecendo porque estava clipado e o peso da bicicleta manteve ele no chão.
Chegamos bem próximo da Eólica e com isso tivemos que abandonar o estradão e seguir pela trilha. No início tudo foi bem, pois a trilha ainda era visível. Aos poucos o caminho foi desaparecendo e a única coisa que tínhamos de um lado e do outro era areia e jumentos. Nesse trecho todo mundo desceu das bicicletas e empurrou um pouquinho, consumindo rapidamente a energia obtida com o almoço.
Quando o desânimo já começava a aparecer eis que a trilha ressurgiu, permitindo uma pedalada tranquila até a porta da pousada em Diogo Lopes, onde já nos aguardava o carro de apoio e acompanhantes.
Mais uma vez fomos muito bem recebidos por Élio, proprietário da pousada, nos deixando bastante à vontade. Relaxamos e assistimos um lindo por do sol.


  A noite chegou e uma parte do grupo saiu para conhecer o lugar. Optei por fazer uma sessão de hidratação na própria pousada, tendo em conta ter encontrado um freezer cheio de cerveja com uma placa dizendo: “especialização”. Como sou um bom aluno, fui tratar de fazer o dever de casa.


































Pedal amanhã - 18/01 - Alcaçuz e Ilhota.

Pedal amanhã - 18/01 - Alcaçuz e Ilhota.Caros Rapaduras: amanhã vamos fazer um pedalzinho básico para não perder o costume.SAÍDA: 06h30min. LOCAL: posto de combustíveis em frente ao Frasqueirão. TRAJETO: Rota do Sol, Pium, Alcaçuz, Ilhota, Pirambúzios, Pirangi e Rota do Sol. Aproximadamente 40 Km. Asfalto e estrada de barro, com possibilidade de alguns trechos de areia frouxa.O QUE LEVAR: equipamento de uso obrigatório (luvas e capacete), kit remendo ou câmara de ar reserva, água, rapadura, camisa de manga longa ou manguito, protetor solar e uns trocados para lanche no caminho.CAFÉ DA MANHÃ: recomenda-se sair de casa já comido.

EXPEDIÇÃO LITORAL NORTE - 2º DIA - TOUROS-CAIÇARA DO NORTE

2º Dia (03/01/14): Touros-Caiçara do Norte (85.1 Km).

Dormir é muito bom. Acordar é melhor ainda.
Os primeiros 5 Km ainda foram impactantes. Praticamente não dormimos, mas de algum modo conseguimos aprimorar o nosso “desgosto” musical. Se antes eu tinha ojeriza por som de paredão, agora passei a ter ódio.
Para esquecer utilizei uma técnica ensinada por Pranxú em seu último curso virtual – “como resistir a algo muito ruim” - A técnica é muito simples, porém exige um nível de disciplina muito intenso. O primeiro passo é imaginar dor de câimbra abaixo dos testículos (é claro que a regra somente se aplica aos seres humanos do sexo masculino). A segunda dica é imaginar que algo pior do que aquilo pode lhe aguardar mais adiante. A terceira dica e não menos interessante é tomar um Rivotril + Diazepan + 3 doses de 51 e 01 limão: se você não pegar no sono é porque morreu.
Despedimo-nos de Gracinha e singramos o arruamento de Touros. Ao nosso lado a maré mostrava sua força. O vento favorável nos empurrou até Cajueiro e depois da curva percebemos rapidamente a presença de São José do Gostoso. Sem combinar nada paramos na Urca do Tubarão e ali fomos recepcionados pelos proprietários, com direito a uma visitação e explicação sobre o funcionamento do lugar. Para quem não conhece, fica a recomendação (Tel. 3693-2090
E-mail:
urcadotubarao@yahoo.com.br)
Continuamos no asfalto e logo chegamos na famosa São Miguel do Gostoso, também conhecida como São Miguel do Gastoso. A maré continuava intensa e seguimos pelo estradão até a Praia das Tartarugas, com muitas “costelinhas” e poeira fina no rosto. No caminho passamos por um grupo de ciclistas/turistas. Saudações e troca de informações e segue o passeio.
Abastecemos no carro de apoio e seguimos pela beira da praia, percorrendo longo trecho de praias desertas e com muitas pedras. O mais incrível de pedalar junto ao mar é que mesmo com o sol forte sempre podemos contar com uma brisa fresca e os respingos das ondas quando quebram na praia. Nesse momento o som do paredão que ainda estava alojado em algum lugar do juízo foi finalmente exorcizado. Passamos por Morro dos Martins e logo depois avistamos concentração de banhistas, sinal de que chegamos a Praia do Marco. Por volta das 11h30min chegamos em Exú Queimado e novamente fomos acolhidos pelo carro de apoio, estrategicamente posicionado em um barzinho, com direito a cerveja gelada e um caldinho de peixe. Nesse ponto Diego Borges resolveu continuar pela beira da praia, ao passo que o restante do grupo seguiu por estradão até Pedra Grande e ali tivemos uma grata surpresa, sendo acolhidos por Marcão e Marcondes, oferecendo um almoço que renovou nossas energias.
Dois registros interessantes: o primeiro foi antes de Pedra Grande quando pessoas da comunidade nos receberam com bastante simpatia, permitindo um banho de mangueira e oferecendo algumas frutas. O segundo foi após Pedra Grande quando paramos na sombra de uma árvore um menino muito solícito tratou de conseguir cadeira para todo mundo.
 Por volta das 15h30min já estávamos hospedados em Caiçara do Norte e aproveitamos para desfrutar um belíssimo por do sol.

Quando nos hospedamos na Pousada Paraíso Florido em 2012 tivemos um problema de comunicação com o gerente, o argentino Gustavo. Desta feita fomos preparados e levamos um especialista em línguas, principalmente se for na forma de espetinho. Refiro-me ao Cabo Dantas, também conhecido no submundo da caserna como Cabo Véi ou Fastioso. O homem é um verdadeiro “troglodita”, sendo fluente em iídiche, aramaico, russo e latim, mas seu forte mesmo é o castelhano, tendo dado uma prova do domínio da língua ao solicitar ao gerente da pousada um acessório que possibilitasse dar descarga no vaso sanitário: “hermanito Francesco, arruma um baldito pois vou dar uma obradita”.