29/10/2012

Pedal de Caraúbas 2012: inauguração do reboque e outras resenhas.



Caros Rapaduras:

Realizamos no último dia 27 de outubro de 2012 um pedal com destino a uma das lindas praias do nosso litoral norte: Caraúbas, gentilmente apelidada de "Caralhubas" por Doutora Vera Lúcia. Não me pergunte por qual razão.
O local escolhido para apoio foi o "Bebê´s Resort", que vem a ser a aconchegante casa de praia do casal Evandro e Celita, membros das antigas do Rapadura Biker. Aproveito para registrar que o ilustre casal ao escolher fazer parte do RB estava procurando um grupo que pedalasse muito e bebesse pouco. Deu certo, não necessariamente na ordem desejada.
A resenha já começou na sexta-feira (26/10/12) quando fomos deixar o reboque no ponto de apoio. Evandro Bebê foi mais cedo e segui um pouco mais tarde com Cláudia Celi. Chegando em Caraúbas estacionamos o reboque e tratamos de aguardar a piscina encher, pois a danada toma muita água e já estava sendo abastecida desde o começo do mês, mas ainda estava na metade. Enquanto aguardávamos resolvemos fazer um churrasquinho de carne de sol e o assunto rolou solto por toda tarde. Por volta das 15h00min a piscina começou a arrotar e depois que fizemos o teste de funcionamento dos rádios (de uma borda a outra) resolvemos tomar o rumo de casa. Na saída da praia ouvimos um burburinho de alguns moradores reclamando da falta de água, muito provavelmente pelo grande volume absorvido pela piscina. No caminho convenci Claudia Celi e Evandro Bebê a fazermos um pit stop no "Bar do Duquinha", no bairro das Quintas, local que serve os melhores bolinhos de carne e macaxeira da cidade. Quem ainda não foi precisa conhecer (Dukas Bar e Restaurante, Rua Marcos Cavalcante, 97, Quintas).
No dia seguinte acordamos cedo e seguimos já de bicicleta até o local da concentração: a tradicional praça Augusto Leite, no Tirol, local de encontro dos ciclistas e que também já foi um considerada uma área de Segurança Nacional, pois ali os soldados no 16º BIMTz se reuniam todas as noites para encontros furtivos com as empreguetes do bairro e adjacências. Esse é outro assunto, sobre o qual consultarei o nosso adido militar, Cabo Dantas, para dizer se a informação procede ou tudo não passa de uma “lêndia” ou “fricção”.
Chegando à praça já vimos Rochinha (vestido com a sua roupa de ninja) fazendo alongamentos que aprendeu nos vários anos em que foi piloto da Real Força Aérea do País de São Saruê. Fechou a série com um movimento capaz de alongar até as sobrancelhas e a prega rainha. Mais adiante, sentado tal e qual Bruno e Marrone, estava Bené (a gentileza em pessoa), meditando e entoando para si um mantra que aprendeu quando ainda caçava ovos jumbos na região de Cachoeira dos Guedes. Aos poucos os demais foram chegando e por fim conseguimos reunir dezesseis pessoas, exatamente um fardo de rapadura (Alex Alcoforado, Augusto Ratis, Bené, Benilton, Claudia Celi, Evandro Bebê, Fábio Vale, Felipe, Flávio Araújo, Helena, Luciano Cambraia, Raimundão, Rochinha, Serginho, Shirley e Thaise).
Saímos às 06h35min e seguimos pela Prudente de Morais no rumo da praia. Antes porém liguei para o número da Presidente do grupo “Os Arrastados” para que nos encontrássemos mais adiante e pedalássemos juntos até Porto-Mirim. Não consegui resposta. Mandei uma mensagem avisando que os Rapaduras estavam de saída, mas também não tive resposta. Liguei então para o Ministro Afonso Severo, que transita entre os dois grupos fazendo o papel de embaixador, entretanto, ao atender informou-me que não estava com os Arrastados. Somente hoje em contato com Valeska (Presidente dos Arrastados) foi que descobri que liguei e mandei mensagem para um número errado, de forma que devo ter atrapalhado o sono ou a “soda” de alguém ao ligar tão cedo no sábado. Enfim, não deu certo dessa vez pedalar com o novo grupo, mas não faltarão oportunidades.
Subimos e descemos a “Ponte de Todos” e chegando na entrada da Redinha Nova encontramos Evandro Bebê que tinha adiantado com Raimundão. Informou que este tinha procurado um banheiro para fazer um “desmame” de bosta e já fazia cinco minutos que estava nessa luta. Por garantia deixamos R$ 5,00 para comprar papel higiênico, pois nesses assuntos bostíferos é sempre bom ser prevenido.
Às 07h15min chegamos em Genipabu no exato momento em que os dromedários iniciavam mais um dia de trabalho. O guia dos animais gentilmente os posicionou de modo a possibilitar uma excelente foto registrada por Luciano Cambraia. Chamou a atenção além do porte e elegância dos animais a presença de um rapaz que vai seguindo o grupo com uma vassoura e uma pá, apanhando os excrementos dos bichos para não poluir o ambiente. É uma profissão muito interessante – apanhador de bosta. Fiquei preocupado apenas com uma coisa: já imaginou se essa profissão for aplicada aos políticos. O rapaz vai ter que dirigir uma enchedeira para apanhar tanta bosta deixada no caminho.
Chegando na travessia de Barra do Rio já encontramos Rochinha na outra margem fazendo nova sessão de alongamentos. De longe percebemos que os exercícios eram direcionados aos glúteos, pois apesar de ter contratado vários personais curicas o selim da sua bicicleta continua mais duro do que zagueiro argentino. Na hora que entramos na balsa tivemos um breve momento de desassossego: O Lindão olhou de lado e a sua Lindinha estava distante coisa de um metro e meio. Foi suficiente para o homem ficar embaçado, somente voltando ao normal quando a Lindinha fez uma arrumação e conseguiu novamente ficar ao lado do seu Lindão. Parecia uma cena do Titanic. Chega a balsa “planou”.
Do outro lado do rio Ceará-Mirim só deu tempo de Raimundão botar os pés na terra pra o homem correr no rumo do primeiro WC que viu. Chegou lá tinha um cliente e teve que ficar remoendo na porta até o cabra terminar o serviço. Marcamos de relógio a nova sessão de descarrego (de merda) e dessa vez foram exatos 9 minutos e 45 segundos. O homem quando saiu estava bem mais leve e ao subir na bicicleta parecia que “flotoava”.
Finalmente conseguimos chegar em Pitangui e como sempre fomos muito bem atendidos por Dona Biluca (3226-3021) e sua equipe. Foi somente descer das bicicletas, lavar as mãos e começar os trabalhos. É na minha opinião o melhor café da manhã dentre os vários que tomamos nessas aventuras por lugares os mais diferentes. Tem de tudo (frutas, sucos, café, pão, cuscuz, salsicha, ovo, guardanapo e palito). O atendimento é impecável e o preço é 7 contos. Aqui nos despedimos de Serginho pois ele tinha saído de casa sem dizer a Suzy e ela estava chegando para buscá-lo com uma vassoura em uma mão e um rolo de massa na outra.
Deixamos Pitangui e seguimos nosso caminho passando por Jacumã, Porto-Mirim e Muriú. Não demorou muito e logo alcançamos Barra de Maxaranguape, com a tradicional parada para comprar dindim, que de tão grande e roliço merece ser chamado de dindão. Daquele tamanho e formato uma mulher mal resolvida pode fazer um estrago com o bicho. O único problema é que tinha pouco açúcar e tivemos que adicionar um pouco de adoçante, mas tudo bem. Enquanto estávamos parados Fábio Vale resolveu comentar sobre o seu caiaque de fibra de carbono, com direção hidráulica, vidro fumê, freio abs e ar-condicionado recém-adquirido. Bastou Augusto Ratis ouvir a conversa para surgir uma amizade intensa entre ambos, ao ponto de cogitarem a criação de uma equipe somente para a prática do esporte. Na conversa surgiu até a sugestão de um nome: “Rapaduraiaque” ou “Caiadura”.
Aproximando-se do Farol do Cabo de São Roque aconteceu uma coisa estranha: Bené e Luciano Cambraia que estavam no carro de apoio adiantaram na frente do grupo e seguiram no rumo da Árvore do Amor. De longe só ouviamos um “currichiado” e depois de 15 minutos eles voltaram sorridentes e com os olhos brilhando. É a força da natureza!!!
Antes das 11h00min chegamos em Caraúbas e seguimos direto para o Bebê´s Resort para fazermos o “chek-in”. Nossa primeira providência foi arrumar as bicicletas no reboque, pois assim ficaríamos com tempo livre para outras coisas. Depois de tudo organizado chegou a tão esperada hora de mergulhar no piscinão. Aos poucos os ciclistas foram ocupando a piscina. Foram vários mergulhos no estilo “flecheiros” e vários “tchibuns” na água. O banho durou até a hora que Raimundão entrou na piscina, pois o comentário é que ele estava tirando os “bilros” dentro do piscinão. Foi uma verdadeira frustração para Augusto Ratis e Fábio Vale pois já tinham ido até o Ma-noa alugar um caiaque para iniciarem o treinamento da equipe. Quem saiu em defesa de Raimundão foi Flávio Araújo (por qual motivo será?) dizendo que o “véio” não tinha feito “bilro” pois na verdade tinha mijado pelo furico.
Chegou meio dia e a fome veio junto. Uma parte do grupo foi comer peixe na beira da praia e outra ficou na casa para recepcionar Celita, George Lucena e Regina que tinham acabado de chegar. Há quem diga que eu fiquei juntamente com Bené, Cláudia Celi, Fábio Vale e Evandro motivados pela enorme caixa térmica trazida por George. O troço tem seguramente estabilidade norte-americana. Pra abrir precisa de um controle remoto e cabe 800 latinhas de cervejas deitadas (se for em pé deve caber 1.600), quatro garrafões de água (20 litros cada), 63 melancias (uma para cada quilômetro pedalado), um quarto de novilha, 19 quilos de carapebas, 7 quilos de gelo e um martelete pra quebrar o gelo. Outra corrente insiste em dizer que ficamos em razão da vasilha de paçoca que Helena deixou em cima da mesa. De uma forma ou de outra fizemos a farra, relembrando antigas estórias do Rapadura Biker e torcendo para que George Lucena e Regina voltem a pedalar conosco.
Às 14h30min encostou a Doblô do “Abençoado”. As bicicletas já estavam todas arrumadas no reboque e saímos em comboio no rumo de Natal. Deu gosto de ver mais uma conquista do nosso grupo. Um dia dissemos que teríamos o nosso próprio reboque, corremos atrás e realizamos nosso desejo. Vamos agora cuidar do nosso patrimônio e administrá-lo de forma eficaz e democrática. Enquanto voltávamos fiquei pensando comigo mesmo: depois de aperfeiçoado o reboque vamos partir para adquirir um carro. Vamos que vamos!!!!
O piscinão do Bebê tomando água: uma verdadeira adutora.
Teste de rádio entre bordas.

Bar do Duquinha.
Nas dunas de Genipabu.
Encontramos nas dunas com Cecílio (Iron Man), Inez e o vendedor de sorvete.
Rapaduras e Dromedários.
Árvore do Amor: a única testemunha.

Arrumando as bicicletas.
Carga arrumada.
No detalhe a caixa térmica de George Lucena.
Saindo para comer um peixe.
Foto de Felipe após vários mergulhos na piscina.


17/10/2012

II Volta de Santumé - 2º e 3º dias.


II VOLTA DE SANTUMÉ: outubro de 2012
por FABIANO SILVA

RELATOS


Segundo e Terceiro dias: Saímos dessa vez um pouco mais cedo, pois conseguimos arrastar André dos remanchos. Agradecemos a direção da escola, visitamos uns amigos da região, fizemos algumas ações e partimos em direção ao monte do Padre Cícero. Ali chegando, com inclinação superior a já grandiosa serra dos tigres (só pra ter ideia), tivemos as primeiras baixas de ciclistas recusando-se a subir a tão “gonorante” serra. Como diz André, teve gente que “afroxô”. Subimos, admiramos a bela paisagem e descemos rapidamente para encontrar com os “afroxados” (novo sub grupo d’uspregadus).
Na Serra dos lameiros, mesmo com reclames dos afroxados, subimos rapidamente, estávamos todos admirados com a disposição do grupo. Como podia depois de tanto esforço existir tanta disposição? Certamente foi o condicionamento ganho no dia anterior. No Lameiro (sem um pingo de lama), paramos na casa do senhor Maceira, um velho conhecido da região, o qual desde outras oportunidades ficou com uma duvida tremenda só agora revelada. Eu inventei de relatar conhecer todos ali da região, dando corda ao vei, doido pra ganhar um almoço. Fui então a vítima escolhida pelo mesmo, explico: depois de várias perguntas ele disse: “meu fiii vc é casado?”. Respondi: “sou sim”. Ele então completou: “Mas como?, vc usa as calças da muié é?”. Era só o que os cabas queriam ouvir, faltando só arrancar meu coros.
Ainda na Serra do Lameiro encontramos uma filhote de cabra que nos perseguiu por um bom tempo, só parando de nos acompanhar quando entramos num entrocamento a esquerda e ela passou direto, talvez tenha sido um presságio do que viria logo a frente. A pobre cabrita queria nos avisar de um tal caba num jumento, logo ali na frente. Assim que nos viu ele ficou meio assombrado com a ruma de ciclistas. O grupo passou, ficando eu e Francisco pra trás, quando este colocou seu animal pra cima de Francisco que estava atrás e em seguida pra cima de mim. Passei pra direita, ele foi pra direita, pulei pra esquerda, ele também. Dei um freio na bike levantando poeira e o burro assustou desviando para fora da estrada. Aproveitei e me mandei. Pensa que terminou: o caba desceu do burro, totalmente louco e correu em nossa direção, agora correu meeesmo, encostando rapidinho na gente. Comuniquei ao grupo o ocorrido e a maioria decidiu correr, sendo nosso advogado, Adeilton, o único a pedir pra dialogarmos com o meliante, mas quando olhou pra trás era o canto mais limpo, pois os ciclistas tinham feito carreira na descida de oiticica, de forma que ele também foi embora, ficando eu sozinho outra vez com o bebo, que chegou bem pertinho e eu perguntei o que havia acontecido, tendo ele respondido em árabe e arrastado um facão rabo de galo. Não contei conversa e peguei descendo também.
Chegamos no Ingá do Raul Capitão e por lá pernoitamos, aproveitando para discutir intensamente os ataques do dia e o destaque do dia e da noite: Toinho, o caba tem uma habilidade fenomenal em expelir ruídos anais. Depois dessa contatação percebemos que os estrondos fecais expelidos por Toinho talvez tenha causado a loucura tanto do bebo quanto da cabrita.

Terceiro dia: Desta vez conseguimos sair cedinho, exatamente às 4 da matina. Diego acordou todo mundo, cantando músicas que só ele entendia, um rap misturado com sertanejo danado. Pegamos o melhor trecho de trilhas, os ciclistas estavam num preparo só, fruto do condicionamento físico adquirido nos dias anteriores, aliado a tão leve trilha, chamada de single track. Chegamos na comunidade do Cotovelo rapidinho, pois de lá partiríamos para o PC do dia, a serra dos transmissores. De logo e bate pronto, os “afroxados” mais uma vez ficaram amuados dizendo que não iriam. Não contamos conversa e partimos para a serra. Fizemos o trajeto em menos de uma hora (ida e volta). Aproveitamos para fazer contato com o mundo, pois na dita serra pega sinal até da NASA, imagina CRARO, FOI, MORTO e RUIM. Descemos a serra, pegamos os “afroxados” e descemos para Santumé, com um trecho de trilhas que parecia autódromo de F1. Sensacional! Velocidades estupendas, tanto que no final Diego ousou atingir o máximo da bike. Desenvolveu tanta velocidade, pegou uma pequena serra e voou igual filmes de Hollywood só aterrissando em Santumé. Chegamos e fomos almoçar e confraternizar o sucesso do pequeno evento.

Agradecimentos: A todos que foram e aos que não foram, pois utilizamos o material do ano passado, dando os créditos aos que empenharam-se desde 2011. Lamentamos pela falta de apoio da prefeitura do São Tomé, devido os problemas derivados do resultado da eleição. Não desistimos e com pouco fizemos muito, amamos a cidade, amamos o ciclismo, independente de bandeira politica A ou B.

Apoio: André, Franknildo e Verônica “dimedeiros”, Margarete e Reginaldo “o cangaia”.


II Volta de Santumé - outubro de 2012


II VOLTA DE SANTUMÉ – outubro de 2012
por FABIANO SILVA

RELATOS:


Primeiro dia: Formado o grupo com 9 Bikers: André, Adeilton, Bob, Diego, Fabiano, Ferreira, Francisco, Jadson e Toinho, intitulados “completadores”, com meta de cumprir todo o roteiro determinado, seja com sol ou com neve. No moto apoio, Franknildo, que se perdeu.
Saímos tarde, só pra variar, com as justificativas de que o amigo Diego Borges que veio de Caicó, foi colocado de propósito na péssima estrada de Cerro Corá a São Tomé com seu veiculo rebaixado com rodão daqueles de filme americano, tendo como saldo duas rodas dianteiras amassadas, mas o homi chegou sorridente todo. Além disso, teve o velho “remancho” do André dizendo que tava muito frio pra sair cedo e quanto mais próximo do meio dia, mais deixaríamos a neve diluir ao sol e evitar derrapagens no gelo.
Tomamos um café reforçado, preparado por Verônica (esse ano saiu Régia e entrou a mana), então saímos em direção a Serra da Gameleira, com subidas leves e terreno tranquilo. Subimos avistando São Tome ao fundo distanciando-se, chegamos a casa do Seu Tota que mais uma vez deu claras demonstrações de amor ao próximo, foi um problema pra sair de lá, o homi queria nos dar almoço, janta, lanche, água, eitcha vei danado. Chegamos a Serra da Gameleira com um sol belo na nuca, pretendendo passar no olheiro d’água, ponto turístico do local, mas ficamos sabendo que devido aos problemas com a seca intensa, o olho secou, estando apenas gotejando um pingo ao dia. A coisa tava feia, os velhos dindins da serra haviam derretido junto com a geladeira na ultima semana. Seguimos para as serras que serviriam como pequeno aquecimento para a “Serra do Tigre”. Vencemos todas com tranquilidade. De repente, em um local inóspito, no meio do nada, perto num sei de onde, nos deparamos com uma casa onde havia uma festa com cervejas, buchada, rabada, bode guisado, vaca atolada e outros pratos. Diego que conferiu todo o cardápio chega lambeu os beiços e já estava pronto para atacar, mas eu cortei o barato do homi dizendo ; “Só se for os pratos. Vamo simbora”. Ainda nesse local um ciclista inventou de distribuir uma balinhas pra uma criança, sendo imediatamente cercado por uns 300 “mininos”. Quem apartou o furdunço foi seu Chico, nos encaminhando a casa dele e assim como no ano passado nos forneceu aquela água gelada de trincar os dentes, Enquanto isso, pelas horas e pela quentura, o nosso moto apoio Franknildo já deveria ter chegado, entretanto, nem sinal de moto no horizonte.
Entre o tal inóspito local e o meio do nada ocorreu uma das maiores manobras de mountain bike já vistas. Bob fechou a porteira para Adeilton. Até ai tudo bem. Só que Adeilton quis vingar-se no próximo e sobrou pra Jadson “Homi Doido” que vinha vedado, deu uma freada espetacular com um cangapé “encarpado” e parou a um centímetro da porteira, levantando um poeirão que mais parecia um furacão de areia. Se fosse nos Estados Unidos com certeza iam colocar o nome do furacão de “Crazy Man”.
Na casa do seu Chico, o tal do Inóspito é apelido, entramos numa serra muito além do inóspito quando de repente fomos recepcionados por um tigre. Momento de tensão! Imediatamente ciclistas se agarraram com o primeiro pau (de madeira) que viram, ainda dando tempo tirar uns retratos dos ciclistas atrepados e o tigre agarrado com a bicicleta de Diego. Eu que não sou bobo me maloquei debaixo de uma pedra. Passado o alvoroço fizemos um acordo com o bicho para levá-lo ao seu habitat, a serra dos Tigres, logo ali na frente, pois lá ele teria sombra e água fresca. Quem tiver dúvida acerca da existência do tigre tem que ir ao local ou então conferir nas fotos.
Ainda na serra, que não é a do tigre, ciclistas discutiam intensamente o nome do novo grupo mais comentado nas paradas de sucesso, o “Unidos pelo Aro” já tem até gente querendo formar a diretoria do tal grupo no RN, não sei porquê, o assunto ecoou por um bom tempo no mei das serras.
Chegamos ao pé da Serra do Tigre, sendo recepcionados, pelo perdido e moto apoio Franknildo, acompanhado de Verônica, a nossa grande salvadora. A mulher trouxe muita comida, sucos, refrigerantes e frutas, sendo aplaudida e muito abraçada pelo Bikers. Franknildo explicou que havia dito que conhecia toda região desde pequeno, o que realmente constatamos, o homi se perdeu por que ali andou quando pequeno, numa monareta de pneu slick, por isso cometeu esse pequeno erro, tendo visitado as cidades circunvizinhas e afirmou que agora conhece tuuudo, fiquem despreocupados.
Saímos a enfrentar o nosso destino. Deixamos o tigre com as crianças e subimos, subimos e subimos, momento em que detectamos um erro: comer e enfrentar um serra tão pesada, foi “floyd”. Jadson e Diego relataram que por inúmeras vezes na subida deu retorno de almoço, de forma que tecnicamente tiveram que almoçar duas vezes, causando nos ouvintes após o relato a mesma vontade, eeeeca. Depois da subida da íngreme serra foi só descida, acabando com as pastilhas de freios de alguns ciclistas. Chegamos a bela escola e logo em seguida encostou o moto apoio com bastante comida e pronto para dormir conosco. Ali aproveitamos para lavar as roupas, enquanto alguns ciclistas saíram para a balada noturna do “Calangos club”, chegando somente de madrugada, quase na hora de sair. Nomes censurados a pedido.
Continua...

II Volta do Santumé:




Guerreiros da Serra
A neve chegando.


Momento de tensão.


Ciclistas "atrepados" no pau.
O tigre surgindo.



Close do Tigre.
Devolvendo o tigre ao seu habitat.
Será algum teste do "Unidos pelo Aro"?






Opções para pedalar em Natal e Parnamirim


Para você que pretende iniciar no pedal ou que já pedala e pretende juntar-se a um grupo seguem algumas opções. Analise qual a mais adequada ao seu perfil e veja também qual o local de concentração mais próximo ou interessante para você.

BICICLETADA NATAL RN – Contatos: http://www.facebook.com/bicicletada.natalrn?fref=ts, Clebson Melo ou Fabiano Silva . Último sábado de cada mês. 17H00min. Em frente ao IFRN.

BIKE PETROPÓLIS ou NATAL DÁ PEDAL – Contatos: Carlos Camboim ou Haroldo Mota. 5ª feira – 20h00min. CCAB Petropólis. Roteiro definido no local.

CICLISTAS DE NATAL – Contatos: www.ciclistasdenatal.blogspot.com, Márcio Soares Leite ou Neide Araújo. 2ª feira – 19h30min – BICIANJO – pedal para iniciantes. Estacionamento do Hiper Bompreço da Prudente de Morais; 3ª feira – 19h15min – PEDAL DO AÇAÍ – posto de combustíveis em frente ao Corpo de Bombeiros; e 4ª feira – 20h00min – Praça Abel Lira (rua lateral da Arituba Turismo). Roteiro variado.

HERBABIKERS – Contato: Werner D Assunção. 4ª feira. Posto Petrobrás (Rota do Sol). Concentração às 19h30min e início às 20h00min. Pedal leve. Aproximadamente 30 Km.

MUNGANGAS BIKE – Contatos: http://www.facebook.com/groups/234906323264437/?fref=ts - Alberto Rodrigues. 3ª e 5ª feiras. 19h30min. Posto de combustíveis em frente a empresa de ônibus Santa Maria, após a entrada do Cidade Satélite. Sábado: trilhas com horários definidos semanalmente.

OS ARRASTADOS – Contatos: http://www.facebook.com/groups/518344061525411/?fref=ts, Valeskamonica Morais. 2ª a  5ª feira – 17h00min. Posto de combustíveis em frente ao estádio Frasqueirão – até o Cajueiro de Pirangi. Sábado e domingo: trilhas a combinar.

PONTA NEGRA BIKE – Contatos: http://www.facebook.com/groups/420219544669978/ , Allan Jose ou Cristiane Macedo. 3ª feira – 20h00min. Estacionamento do Supermercado Favorito da Engenheiro Roberto Freire. Percurso decidido na hora e que geralmente fica em torno de 15 a 25 Km.

RAPADURA BIKER – Contatos: www.rapadurabiker.blogspot.com, rapadurabiker@gmail.com ou Benilton Lima. 3ª e 5ª feiras – 20h00min. PEDAL NA ROTA DO SOL - Posto de combustíveis em frente ao estádio Frasqueirão. Trajeto de aproximadamente 24 Km. Ritmo moderado. Aberto ao novos integrantes. PEDAL URBANO: Uma vez por mês pedal pelas ruas da cidade, saindo da Loja TERRAL. Sábado ou domingo: Trilhas diversas definidas durante a semana e postadas no Facebook ou informada no pedal da Rota do Sol. Aproximadamente 50 Km.

TARTARUGAS – Contato: Délio Ottoni Filho Ciclista – 3ª e 5ª feiras. Noturno. Posto Agnelo, em Parnamirim. Sábado: Trilhas em Parnamirim, São José do Mipibu e Macaiba.





01/10/2012

3º Pedal do Banana Biker - Bananeiras-PB - setembro de 2012


No último dia 30 de setembro os Rapaduras participaram em Bananeiras-PB do 3º Pedal do Grupo Banana Biker, capitaneado pelo colega Fernando Amaral com o total apoio dos seus familiares (Mercinha, Fernandinho, Thereza e Paulo Ivo), dos amigos (Adriana, Wanderléia, Juliana, Ivson Danilo e outros).
Cheguei na 5ª feira (27/09/2012) e na 6ª resolvi conhecer o trajeto, sendo que fazendo no sentido inverso. Foi mais uma trilha para somar entre as várias que a região de Bananeiras disponibiliza aos ciclistas. Ali percebi que a região está muito seca e a temperatura seria o principal oponente no pedal do domingo. 
De Natal vieram os demais Rapaduras (Claudia Celi, Evandro, Celita, Quinino, Naldo, Adriana, Abeane e Juliana). Ausências justificadas de Bené, Júnior Verona e Cabo Dantas. Troféu de Maior Arregão para Hiram Lima. No sábado pela manhã fizemos um "aquecimento", tomando um banho de piscina, experimentando umas cervejas diferentes, comendo picado com farofa e colocando o assunto em dia. A conversa tomou conta da tarde, entrou pela noite e somente não foi além em razão de um ato terrorista: arranharam o meu cd do Raça Negra que somente tinha tocado 75 vezes naquele dia.
No domingo acordamos cedo e seguimos para o ponto de concentração, a praça central ao lado da rodoviária. Ali chegamos e já encontramos o pessoal da organização com uma tenda montada e o café da manhã já pronto para ser degustado. Aos poucos os ciclistas foram chegando e logo a praça estava tomada pelo azul da camisa do Banana Biker. Identificamos ciclistas de várias cidades, dentre as quais Campina Grande, João Pessoa, Belém, Solânea, Japi, Juripiranga, Alagoinha, Guarabira, Patos, dentre outras. Na praça encontramos também André Medeiros, que para variar veio de Natal pedalando. Enfim, uma verdadeira festa de confraternização, encontrando antigos amigos e fazendo novas amizades.
Após o café da manhã (por sinal muito farto e variado), tivemos algumas palavras proferidas por Ivson Danilo, dando as boas vindas e informando como seria o trajeto. Ao seu lado um animado comunicador no carro de som transmitia alegria e força a todos os ciclistas, dizendo que tudo seria muito "legal" e anunciando a presença do Grupo de Ciclismo Unidos pelo Aro. Aproveitamos inclusive para procurar os integrantes para fazermos tratativas de uma franquia do grupo em Natal, pois com certeza não vai faltar aro.
 O pedal largou com um razoável mas justificado atraso. A organização pensou em tudo (guias de bicicleta, guias de motocicleta, ambulância, carros de apoio, ônibus e apoio da guarda municipal para regular o trânsito nas vias urbanas). 
Saímos e já encontramos a primeira subida (a primeira de muitas), passando em frente à antiga estação ferroviária, local em que encontramos Evandro e Celita. Ali soubemos que eles não iram nos acompanhar, pois Evandro teve um desarranjo intestinal e passou a noite toda igual aquela banda gospel "Diante do Trono". O homem chega estava com o rosto mufino, mas sua opção foi a mais correta, pois pedalar naquele estado não seria nada inteligente. A única vantagem seria que ele adubaria as plantações de banana até o final do ano.
Deixamos a zona urbana e subimos passando por cima do túnel. Até aqui a temperatura ainda estava suportável.
Iniciamos uma sequência de descidas muito convidativas, vendo lá embaixo a igrejinha da comunidade de Brejinho, passando em seguida no Sítio Mijônia (não me pergunte qual a origem do nome que eu não sei) e atingindo a Vila Maia, local do primeiro ponto de hidratação, com direito a água de côco, leite, água, gelo, frutas e a participação especial do carro de som, continuando a anunciar que tudo estava "legal". 
De Vila Maia até Roma tivemos outra sequência de descidas e subidas bastante íngremes. Nesse ponto a temperatura estava muito alta e os carros de apoio começaram a ser utilizados. 
Antes de Roma passamos em frente ao casarão de Solon de Lucena e tivemos outro ponto de hidratação. Depois de abastecidos seguimos pelo calçamento no rumo do Cruzeiro de Roma. Não demorou muito e o carro de apoio dirigido por mim ficou com a lotação esgotada. Algumas reclamavam de cãimbras e outros do calor intenso mesclado com as subidas "legais".
Quando me aproximei da parte baixa do Cruzeiro encontrei uma galera de ciclistas acabando com o estoque de cerveja de uma bodega. Era a turma do Pedal TotalFlex, uns cabras de Campina Grande que tem muito a ver com o Rapadura Biker, ou seja, sabem pedalar se divertindo. Parei perto deles e logo me foi oferecida uma cerveja. Aceitei para não ser mal educado. Começou então uma sintonia que durou por vários quilômetros, pois como tinha uma caixa térmica dentro do carro enchi com todo o estoque da bodega e passei a acompanhá-los mais de perto, hidratando-os nos pontos mais críticos.
Quando iniciamos a trilha da barragem encontramos um açude e o pessoal do TotalFlex caiu de cara, sendo seguido por vários ciclistas.
Continuamos subindo e o calor somente aumentava. Por volta das 11h00min já chegamos na parte alta da serra e dali até o último ponto de apoio foi um pulo. Fiquei um pouco atrás para apoiar o pessoal do TotalFlex, mas quando os homens encontraram um barzinho com um sanfoneiro e tira gosto de buchada vi que era hora de seguir meu caminho, pois o negócio ali ainda ia muito longe.
Chegamos ao último ponto de hidratação na Chã do Lindolfo e dali somente restava a descida até o local do almoço, o Eco Spazzio. Ali fomos recebidos pelo sanfoneiro Zizi e seus cabras da peste, tocando o legítimo forró pé de serra, enquanto todo mundo almoçava uma comida novamente farta e deliciosa.
Foi mais um pedal excelente, deixando claro que a cada dia o padrão tem melhorado e que o nosso esporte/lazer é um instrumento agregador de valores, incrementando a economia do Município e possibilitando a formação de uma rede de contato entre os ciclistas.
Parabéns aos organizadores e a todos aqueles que participaram do pedal. Para os que não foram deixo aqui  algumas fotos para se deliciarem.
P.S.: Logo estaremos iniciando as inscrições para a franquia do Unidos pelo Aro em Natal.
Trajeto de 43 Km.
Preparativos para o café da manhã.
Equipe organizadora.
Alimentando as lombrigas.
Hora da saída.
Parte da galera do Rapadura Biker.
Naldo e Adriana.
Claudia Celi e Quinino.
Banho de açude para refrescar.
Galera da "elite".
A importância da cerveja no processo.
Carro de apoio lotado.
Galera do Pedal TotalFlex.
No meio do caminho tinha uma buchada, tinha uma buchada...