17/03/2016

Rapaduras na Patagônia - parte I - Vila de San Martin ao Lago Hermoso.

Caros Rapaduras:

Dia 05 de março de 2016
              
Chegamos ao aeroporto de Bariloche e rapidamente conseguimos uma van para nos conduzir até o hostel (http://www.marcopoloinnbariloche.com/hostel-bariloche-english/). De imediato já percebemos que os hermanos não gostam muito de conversa, não se importando em desagradar os brasileiros que estão indo ali para introduzirem dinheiro em seu País quebrado. Refiro-me ao motorista da van, tão sutil como um rinoceronte, ao se dirigir a um colega que pretendia auxiliar com a nossa vasta bagagem. Estávamos tão eufóricos com a chegada que deixamos de lado a indelicadeza e voltamos nosso olhar para a paisagem.
No hostel alguns colegas já estavam hospedados e mais uma vez sentimos a "simpatia" argentina, desta feita na pessoa de um recepcionista do lugar, cuja grande característica é ser extremamente chato e pouco acolhedor, respondendo com evasivas e fazendo de tudo para dificultar nossas vidas. Superamos mais esse e finalmente conseguimos adentrar o quarto para seis, rapidamente apelidado de Carandiru.
Não demorou e já ganhamos as ruas de Bariloche. Rápido passeio no centro e encontramos um bar/restaurante muito simpático, vindo a ser nosso "point" (Morfys Bariloche) nos dias que passamos na cidade. Para ser justo é necessário dizer que fomos muito bem atendidos e descobrimos depois que o garçom argentino já tinha morado no Brasil. Não precisa explicar mais nada.
Voltamos ao Carandiru e dormimos o sono dos justos.
Rapaduras em Bariloche: chiques não, a bexiga!.
Almoço no Jauja.
 
Claudia Celi no Centro de Bariloche em sua foto tradicional.

 
Dia de visita no "Carandiru".



 
 
Dia 06 de março de 2016
 
Acordamos no horário previsto pois o carcereiro da recepção do hostel fez tantas recomendações sobre o horário do "desayuno" que não poderíamos cogitar de atrasar nem um minuto, sob pena dele chamar a Gendarmeria Nacional Argentina. Para quem estava com muita fome o café foi uma decepção, limitando-se a um pão, café ralo, geleia e sucrilhos. Terminamos com mais fome ainda e as meninas ainda tiveram um "bônus": lavar os pratos, como toda hosteria que se preza.
Nos reunimos com os demais colegas e fomos andar por Bariloche, passando por uma feirinha de artesanato e admirando as pessoas sentadas nos gramados olhando o enorme lago Nehuel Huapi, nome que nos acompanharia durante toda aventura. O almoço foi para homenagear nossa amiga Marice Lemos, cuja maior recomendação foi experimentar a truta. O local escolhido foi o restaurante Jauja (http://www.restaurantejauja.com.ar/pt).
No final da tarde embarcamos em uma van com destino ao nosso primeiro local de acampamento, situado a menos de 3 Km da Vila de San Martin de Los Andes. A viagem foi muita tranquila e foi possível sentir as expectativas de cada um. Ah, o motorista era argentino e bastante simpático.
Chegamos ao local previsto e nosso acampamento já estava montado. Conhecemos toda equipe do staff e foi feita uma roda de apresentação. O frio da montanha começou a mostrar sua face e tivemos no jantar uma sopa para nos aquecer. Por volta das vinte horas o sol se escondeu e enquanto organizávamos nossas coisas nas barracas o pessoal do staff cuidava de montar nossas bicicletas e dos preparativos para o dia seguinte.
Ainda naquela noite fomos juntamente com nosso guia argentino Pablo Andres (gente muito boa) conhecer a Vila de San Martin e para nossa sorte era um domingo, pois nos deparamos com muitas lojas de bicicletas e acessórios, ficando babando somente pelas vitrines. Encostamos em um barzinho e fomos tomar uma garrafas de vinho patagônico, pois segundo Kuka: "ninguém vai beber pois vamos pedalar amanhã, tomaremos só um vinhozinho".
Acordei às três da manhã para uma mijada patagônica e ao caminhar os 52 metros que me afastavam do banheiro senti uma lufada de vento entrando por dentro da roupa que por muito pouco não me fez desistir. Cheguei ao destino e tirei do bolso do casaco o alicate Tramontina, de utilidade indiscutível.
Na van: Bariloche-San Martin
Acampamento do primeiro dia.
Mais do acampamento.
 
 
Dia 07 de março de 2016
 
Na hora marcada o café da manhã foi servido e algumas bicicletas ainda necessitavam de ajustes. Após um atraso justificado, tivemos uma sessão de alongamentos com Beto Tifuca, algumas explicações sobre o trajeto (Nilo e Pablo) e finalmente começamos o pedal. Deixamos o pequeno trecho de terra e já iniciamos uma subida pelo asfalto na famosa Ruta Nacional 40, estrada turística que segue paralela à Cordilheira dos Andes (https://es.wikipedia.org/wiki/Ruta_Nacional_40_(Argentina) e que seria nossa companhia durante nossa estada na Patagônia. Logo na primeira subida tivemos o primeiro problema com uma bicicleta, mas com um pouco de paciência tudo foi resolvido e voltamos ao pedal. Percorremos aproximadamente 37 Km, em uma região repleta de áreas de camping e paisagens incrivelmente verdes. Ainda com o sol chegamos ao Lago Hermoso, local escolhido para nosso segundo acampamento. Aqui a estrutura já foi bem melhor do que o camping anterior, principalmente a parte de banheiro, além do fato de existir uma administração com disponibilidade de wi-fi e um serviço de bar/lanchonete.
A noite chegou e para os que ainda tinham alguma energia uma surpresa: uma fogueira, violão, vinho, cerveja e os cortes de carnes argentinas (matambre, vacio, asado e falda), além da tradicional linguiça (chorizo). O céu especialmente estrelado foi testemunha das músicas dedilhadas por seu Lanza e Nilo, com a percussão de Beto Tifuca e as vozes dos ciclistas patagônicos. O calor da fogueira e o clima de alegria existente transformou essa em uma das melhores noites da viagem.
O fogo foi diminuindo, as pessoas se recolhendo aos poucos (alguns necessitaram do apoio de Samuel para encontrarem suas barracas) e logo todos estavam em suas barracas, sendo o som do violão substituído pelos roncos das panças e as flatulências patagônicas.
Preparativos para saída do pedal.
Charmosa no Hermoso.
Foi assim que amanheceu...
Trajeto do dia.

Trajeto do dia.

Continua...
 
 
 
 
 

Um comentário:

Unknown disse...

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