17/01/2014

EXPEDIÇÃO LITORAL NORTE - 3º DIA - CAIÇARA-DIOGO LOPES - 51 Km

EXPEDIÇÃO LITORAL NORTE – 3º DIA – CAIÇARA DO NORTE-DIOGO LOPES – 51,4 Km

A dormida foi muita boa e como tínhamos que aguardar a maré baixar acordamos um pouco mais tarde. Tomamos o café no alpendre da pousada, fizemos todos os ajustes necessários, abastecemos bem as garrafas, pois o carro de apoio somente nos encontraria em Guamaré-RN. Por volta das 09h30min deixamos Caiçara e seguimos pela beira da praia no rumo de Galinhos.
Logo na saída foi dado o primeiro grito de carnaval. Explico: Cláudia Celi, discípula de Doutor Othon no quesito tirar muito retrato e guardar em HD secreto, achou de esquecer o celular e queria voltar 1 Km, contra o vento. Diante da teima dela, foi entoado o primeiro grito de carnaval fora de época: “NÃO VOLTA!!!!”. Diz a lenda que o grito foi ouvido lá em Galinhos.
Por falar em esquecer as coisas acho que tivemos uma evolução esse ano, pois em 2012 esquecemos no mesmo lugar a bicicleta de Jadson, sendo necessário fretar um carro para transportá-la até Galinhos.
Para quem conhece o trecho sabe que em alguns pontos a areia é muito frouxa, sem falar nas pontas de pedras existentes. Foi necessário secar bem os pneus e prestar bastante atenção. Registrei duas quedas: a primeira foi a minha, perdendo o equilíbrio ao tentar apanhar o GPS que soltou da base. Não tive nenhum arranhão ou contusão. A segunda foi de Marcão, tendo sido registrada em vídeo por Diego Lopes que vinha logo atrás. Fico devendo as imagens, mas em breve postarei. O homem caiu sentado, de pernas e braços abertos, tornando-se o primeiro Papa paulista a beijar o solo sagrado do litoral Potiguar. Machucou o joelho, sendo necessário usar um tensor para continuar pedalando.
São quase 30 Km até Galinhos e não existe nenhuma casa no caminho. Quando muito encontramos uma barraca de pescador ou a sombra de um barco ancorado, servindo de refúgio do forte sol.
Alcançamos a praia de Galos e dali já é possível ver Galinhos, cuja tranquilidade já não é mais a mesma. As pousadas todas lotadas e a piscina natural que se forma com a maré cheia estava altamente poluída, com vários sacos e objetos plásticos. Confesso que fiquei triste, lembrando do tempo em que Galinhos não passava de uma vila de pescadores.
Encostamos em um barzinho para aguardar Raira Leite encarregada de fazer o contato com o barco. Não demorou muito e ela chegou com a confirmação. Foi somente o tempo de pagar a conta e seguir para o porto, pois o barco já estava nos aguardando.
Adentramos o barco e fizemos um trabalho conjunto para acomodar todas as bicicletas. A travessia de aproximadamente 5 Km demorou aproximadamente meia hora. Para quem tem interesse o valor por pessoa com bicicleta foi R$ 10,00 e a travessia foi supertranquila, com um barco seguro e abastecido de coletes salva-vidas.
Fomos nos aproximando do porto de Guamaré e pelo radio recebemos a confirmação do Pinto acerca do almoço. Foi só descer do barco e entrar direto no restaurante self-service, com comida muito boa e preço justo.
Restava agora o trecho até Diogo Lopes e as notícias não foram muito alvissareiras. Alguns motoqueiros que estavam no restaurante informaram que a estrada não estava muito boa e que na ausência de chuvas o caminho era apagado pelo vento. Fiquei tranquilo, pois tinha o trajeto marcado no GPS.
Por volta das 14h30min deixamos Guamaré e em pouco tempo pegamos o caminho da praia do Minhoto. Mais uma vez enfrentamos os ventos mais fortes da viagem. Em determinado momento quase que Josias levantava voo, somente não acontecendo porque estava clipado e o peso da bicicleta manteve ele no chão.
Chegamos bem próximo da Eólica e com isso tivemos que abandonar o estradão e seguir pela trilha. No início tudo foi bem, pois a trilha ainda era visível. Aos poucos o caminho foi desaparecendo e a única coisa que tínhamos de um lado e do outro era areia e jumentos. Nesse trecho todo mundo desceu das bicicletas e empurrou um pouquinho, consumindo rapidamente a energia obtida com o almoço.
Quando o desânimo já começava a aparecer eis que a trilha ressurgiu, permitindo uma pedalada tranquila até a porta da pousada em Diogo Lopes, onde já nos aguardava o carro de apoio e acompanhantes.
Mais uma vez fomos muito bem recebidos por Élio, proprietário da pousada, nos deixando bastante à vontade. Relaxamos e assistimos um lindo por do sol.


  A noite chegou e uma parte do grupo saiu para conhecer o lugar. Optei por fazer uma sessão de hidratação na própria pousada, tendo em conta ter encontrado um freezer cheio de cerveja com uma placa dizendo: “especialização”. Como sou um bom aluno, fui tratar de fazer o dever de casa.


































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